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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

André Sardet - Adivinha quanto gosto de ti

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

PDMS

este é o discurso!

"Sinto muito, mas não pretendo ser um imperador. Não é esse o meu ofício. Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja. Gostaria de ajudar a todos se possível: judeus, gentios, negros, brancos. Todos nós desejamos ajudar-nos uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo não para o seu infortúnio. Não nos queremos odiar ou desprezar uns aos outros. Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, e pode satisfazer as necessidades de todos. O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza porém extraviámos-nos. A cobiça envenenou a alma do homem, levantou no mundo as muralhas do ódio... e tem-nos levado a passo de marcha para a miséria e o genocídio. Desenvolvemos velocidade, mas ficámos desconectados. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Os nossos conhecimentos tornaram-nos cínicos a nossa inteligência, insensíveis e cruéis. Pensamos demais e sentimos de menos. Mais do que máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de empatia e compaixão. Sem essas duas qualidades, a vida será violenta e tudo será perdido. A aviação e o rádio aproximaram-nos mais. A própria natureza dessas invenções apela à bondade do homem, apela à fraternidade universal para a união de todos nós. Neste mesmo instante a minha voz chega a milhões de pessoas pelo mundo fora, milhões de homens, mulheres e crianças desesperados. Vítimas de um sistema que faz o homem torturar e encarcerar inocentes. Aos que me podem ouvir eu digo: "Não desespereis!" A desgraça que tem caído sobre nós não é mais que o último fôlego da ganância. A amargura dos homens que temem o avanço do progresso humano. O ódio dos homens irá desvanecer, e os ditadores sucumbem e o poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo. E assim, enquanto morrem os homens, a liberdade jamais irá perecer. Soldados! Não vos entregueis a essas bestas! Homens que vos desprezam, que vos escravizam, que regimentam as vossas vidas... que ditam os vossos actos, as vossas ideias e os vossos sentimentos! Que vos põem a marchar, que vos condicionam a alimentação, que vos tratam como um gado humano e que vos utilizam como carne para canhão! Não vos entregueis a estes desalmados! Homens máquina, com mentes mecânicas e corações de metal Não sois máquinas! Vós não sois gado! Homens é que sois! E têm o amor da humanidade nos vossos corações. Não odieis! Só odeiam os que não se deixam amar. Os que não se deixam amar e os desumanos. Soldados! Não batalheis pela escravidão! Lutai pela liberdade! No décimo sétimo capítulo de São Lucas está escrito que o Reino de Deus está dentro do homem não num só homem ou num grupo de homens, mas em todos os homens! Estás em vós! Vós, o povo, tendes o poder o poder de criar máquinas, o poder de criar felicidade! Vós, o povo, tendes o poder de tornar esta vida livre e bela! De fazer dela uma aventura maravilhosa. Então em nome da democracia usemos esse poder. Unamo-nos a todos! Lutemos por um mundo novo! Por um mundo decente que assegure a todos as oportunidades de criarem, que dê futuro à mocidade e segurança à velhice. Pela promessa de tais coisas desalmados têm subido ao poder. Mas, só mentem! Não cumprem as suas promessas. Jamais as cumprirão! Os ditadores libertam-se, porém escravizam o povo. Lutemos agora para cumprir essa promessa, lutemos para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, para pôr termo à ganância, ao ódio e à intolerância. Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o progresso conduzam à felicidade de todos nós. Soldados, em nome da democracia, unamo-nos a todos!"